Palhinhas e palhinhas...
No meu tempo chamava-mos palhinhas aos espantalhos :) pelo que a palavra sempre foi de origem engraçada para mim, mas palhinhas para a frente... porque têm que ser palhinhas tão finas?
Sinceramente acho que temos problemas bastante mais graves que o plástico das palhinhas, garrafas às toneladas nas praias, lixo de pesca com redes, sacos até mais não, a questão das palhinhas foi apenas uma situação que surgiu com o objetivo de criar mais negócios, assim temos:
https://www.womenshealth.pt/living/palhinhas-comestiveis-possivel/
Palhinhas comestíveis?
Sim, já existem palhinhas comestíveis. Estas palhinhas são 100% biodegradáveis e amigas do ambiente. Além de não prejudicarem os nossos oceanos, este tipo de palhinhas pode ser comido quando acabar a sua bebida.
Quanto a durabilidade, estas palhinhas duram cerca de 40 minutos dentro da sua bebida, sem se dissolverem nem perderem as suas propriedades. Como têm um efeito de esponja, quando as comer vai sentir o sabor do cocktail que acabou de beber. Não requerem nenhum cuidado especial de conservação, devendo ser mantidas num local seco como a dispensa da sua cozinha.
Há sabores como lima, morango, limão, canela, maçã verde ou gengibre (além da opção neutra) e poderá optar pelos tamanhos grande ou pequeno.
Em Portugal, por exemplo, estas podem ser encomendadas através do website da Sorbos.
http://visao.sapo.pt/opiniao/2018-06-13-Banir-as-palhinhas-e-um-pequeno-grande-disparate
Ainda assim, podemos banir as palhinhas. Mal não faz, se excluirmos os habitualmente excluídos (pessoas com deficiências já vieram alertar que as palhinhas dão algum jeito a quem tem Parkinson ou não tem braços). Mas concentrarmos os esforços numa parte tão insignificante do problema desvia-nos as atenções dos verdadeiros culpados. E esses, a julgar pelo estudo de outros investigadores (maiores de idade), são os pescadores – 46% do lixo encontrado na famosa ilha gigante de plástico do Pacífico (que não é ilha nenhuma) são redes de pesca abandonadas. Seria bem mais produtivo lutarmos por um acordo internacional que obrigasse os armadores e produtores de equipamentos de pesca a usar um selo próprio nos seus materiais, para que sejam responsabilizados por redes descartadas. Se conseguimos que todos os países aceitassem acabar com os CFC, que estava a destruir a camada de ozono, também conseguimos isto.
Claro que atacar as palhinhas é mais sexy. Os governos ganham uns trocos com novos impostos “ambientais” (o ministro do Ambiente já avisou que está preparado para avançar com uma taxa para penalizar os portugueses malcomportados) e os consumidores têm ressacas de consciência tranquila, porque pediram ao barman um mojito sem palhinha. Como se realmente estivessem a dar um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade.
Não estão. As palhinhas são uma gota no oceano.
Reutilizável, dobrável e fácil de limpar. Para quem quer diminuir o impacto do plástico no ambiente, a Final Straw é uma alternativa às palhinhas que infestam as praias e os oceanos. Não faltam opções para fugir ao plástico: já existem palhinhas de bambu, titânio, vidro e até biodegradáveis e comestíveis. É só escolher. No entanto, nem sempre é prático andar com um tubinho na carteira ou no bolso. Foi a pensar nisso que os canadianos Emma Cohen e Miles Pepper criaram a Final Straw, uma palhinha reutilizável que se dobra numa pequena caixa do tamanho de um porta-chaves.
Até gosto da ideia das palhinhas comestíveis, para mim acho que é a solução ideal, acabamos a bebida, comemos a palhinha e só resta o copo, que espero, seja de vidro ou de alguma forma reutilizável para não ir para o lixo, pois eu acho que nós não temos a minima noção da quantidade de lixo que produzimos diariamente, mas grande parte dele vem dos hipermercados (excesso de embalagens).
Paisagemviva